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Mostrando postagens de fevereiro, 2018

Quem o quê?

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Quadrinho da Ina Carolina (facebook) Vi essa foto no facebook e me vieram turbilhões de reflexões. A primeira delas foi parar para pensar sobre a quantidade de vezes que eu li, reli, pensei e fiz a pergunta existencial mais usual de todos os tempos: quem sou? E depois, fiquei me perguntando o porque de a gente quer tanto saber isso. E por que queremos tanto conhecer aos outros? Afinal, quem sou eu? Será que um dia entrarei num consenso comigo mesma? Eu sou o que eu vejo, ou o que vêem de mim? Será que, por acaso, sou uma projeção? E você, acha mesmo que conhece as pessoas? Acha que me conhece pelo que eu compartilho nas redes sociais? Por que convive comigo? Por que temos ou tivemos alguma história juntos? Pessoas não são postagens, situações e tampouco estanques. Pessoas mudam a cada segundo. Pessoas são as criaturas mais complicadas deste mundo. Enigmáticas, contraditórias, impulsivas, voláteis, imperfeitas, silenciosas, calmas, tristes, soberbas, egoístas, altruístas...

Erramos

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Foto autoral Se erramos! Somos humanos Passíveis Mas a pergunta que não para de latejar é Quem (o quê?) nos absolverá? Uma religião? Um juiz? Um conselho de anciãos? Uma erva sagrada da redenção Ou nossa própria consciência em extensão? Quem tirará dos nossos olhos o peso A dor que é o fraquejo A vergonha da culpa E o apontar de dedos? Quem trará leveza para a alma aturdida? Se o erro é um direito humano Que deixe de ser tão cruel Pecado, culpa, motivo de vexame e dor Se é tão normal Por que não ser naturalizado na verdade do que somos Humanos Imperfeitos Covardia essa cobrança da excelência Os grilhões da virtuosidade Nos apertam Imobilizam Desumanizam. Criam-se monstros Somos nós julgadores de armas apontadas "Quem ousou errar?" Que o pagamento seja com a frustração Com a raiva e a vergonha da deformidade A eiva, a mácula... Mas ó, É tempo de revivescer! Volta-te  para dentro Fecha teus olhos Absolve a ti mesmo, humano/a. Ana Paula